27 junho, 2013 - 15:50 - Redação
Ex-assessora operacional Maria Eliane Alves dos Santos
|
Presidente da Câmara de Municipal de Parnaíba Neta Castelo Branco
|
Eliane diz que nunca teve a curiosidade de ler o que estava assinando, pois acreditava que os papéis eram referentes aos R$ 200,00. Nesse mesmo período de 2012, segundo sua afirmação em entrevista, era funcionária registrada em uma empresa privada, local aonde de fato dava expediente e nunca deu um dia de serviço ao Legislativo Municipal.
A partir de janeiro de 2013, conforme diz Eliane, não recebeu mais a tal ‘ajuda’ de R$ 200,00 mensais. Com o filho doente e poucas condições financeiras, ela procurou o INSS para conseguir para a criança o benefício da LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social), que visa a proteção social de idosos e deficientes independente de contribuição à seguridade social. Foi então informada que o garoto não se incluía no atendimento pela LOAS porque a mãe auferia por mês um salário de R$ 900,00.
Com o cargo fantasma (segundo ela, nunca deu um dia de serviço ao Legislativo Municipal), Eliane teria sido vítima três vezes, não teria recebido os R$ 900,00 mensais, por conta desse salário que ela afirma ter recebido apenas R$ 200,00 por mês, o filho foi excluído do beneficio da LOAS e ainda, segundo ela, está devendo um empréstimo consignado que foi feito em seu nome sem nunca ter realizado nenhum contrato com alguma instituição financeira para tal finalidade.
Decepcionada, Eliane disse que se recebesse R$ 900,00 moraria numa casa boa e já tinha feito o tratamento que seu filho tanto precisa.
A denúncia que envolve a Presidente da Câmara é muito grave, estoura num momento em que o Brasil todo despertou para a exigência de moralidade e de transparência no serviço público.
Se tem naquela casa legislativa funcionários com salários de R$ 900,00 ou até mesmo com menor ou maior valor sem dar expediente, é porque o cargo não é necessário e portanto nem deveria existir.
Está na hora da Câmara Legislativa assumir uma atitude moralizadora, caso contrário não terá a menor condição de fiscalizar os desmandos, as mazelas, os desrespeitos às leis de licitação, concurso público e outras coisas a mais do Poder Executivo.
Um poder legislativo que não cumpre com a sua função está dando o maior calote eleitoral no povo que o elegeu.
Por: Fábio Barros/Portal Delta
Nenhum comentário:
Postar um comentário