Ministério resolve punir embaixador acusado de assédio moral e sexual
A suspensão de três meses, a mais severa antes da expulsão da carreira,
foi assinada pelo ministro na tarde dessa segunda-feira, 11O ministro,
no enta
12/03/2014 - 15:54
O processo disciplinar costuma correr por dois meses, sendo prorrogáveis por mais dois. No caso de Fontenelle, no entanto, o PAD durou mais de 10 meses. Há cerca de duas semanas, incomodado com a espera, o sindicato que representa os servidores do Itamaraty, SindItamaraty, procurou o corregedor, embaixador Heraldo Póvoas, que também se negou a dar informações, alegando "que não havia prazos" e a investigação correria pelo tempo necessário. Póvoas, que estava à frente da Corregedoria há quase 10 anos, teria sido nomeado agora Cônsul em Ciudad del Este, no Paraguai.
Fontenelle, que quando foi denunciado deixou o posto em Sidney, já havia retornado ao trabalho, em um posto administrativo no próprio Itamaraty, depois de uma licença médica. Agora, terá que cumprir a suspensão de três meses. A punição, no entanto, deverá ter pouco impacto na sua carreira, já que, como embaixador, já chegou ao posto máximo da diplomacia. Mas, agora, dificilmente poderá almejar postos significativos no exterior.
O caso de Fontenelle trouxe a público um dos maiores problemas da diplomacia brasileira. Os casos de abuso de autoridade e assédio moral não são raros. Apenas em 2012 o SindItamaraty, sindicato que reúne os servidores concursados do Ministério das Relações Exteriores, repassou a Corregedoria cerca de 12 denúncias. Nenhuma teve resultado.
FONTE: oestadão
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