"Não há mais condições de fazer qualquer consulta antes de outubro. Não havendo condições temporais para fazer essa consulta, qualquer reforma que venha se aplicará para as próximas eleições e não para esta [2014]", disse Temer.
Pela lei, para que as novas regras entrassem em vigor em 2014, elas precisariam ser aprovadas antes de 5 de outubro deste ano, um ano antes das eleições.
A sugestão da presidente Dilma de se fazer um plebiscito foi uma resposta à onda de protestos que tomou o país recentemente. Na última segunda-feira, ela chegou a dizer que seria "oportuno" que as eventuais mudanças valessem para as eleições de 2014, mas ressaltou que esse prazo não dependia do governo.
Sem apoio na base
Mais cedo, os líderes haviam demonstrado pessimismo com a probabilidade de que o plebiscito sobre a reforma política valesse para as eleições de 2014.
O líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), declarou que era "improvável" que o plebiscito ocorresse neste período.
"Os próprios ministros [que vieram à reunião] têm consciência de que será pouco provável. Mas não é uma decisão tomada", disse André Figueiredo (PDT-CE).
"Vamos aguardar ouvir a base do Senado para ajustar detalhes sobre a data mas sabemos das dificuldades para fazer valer novas regras para 2014", declarou a líder do PCdoB, Manuela D'Ávila, no Twitter. Já o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), desconversou. "A data [do plebiscito] é secundária."
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a cogitar hoje que o plebiscito seja descartado e se transforme em um referendo, em que a consulta à população é feita após o assunto já ter se tornado lei.
Além dos líderes partidários, participaram do encontro com Temer os ministros Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Aloizo Mercadante (Educação) e José Eduardo Cardozo (Justiça).
Também estiveram presentes à reunião os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arthur Lira (PP), Luciano Castro (PR) e Valtemir Pereira (PSB
Nenhum comentário:
Postar um comentário