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terça-feira, 26 de novembro de 2013

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assistir à volta de antigos inimigos políticos ao cenário nacional em 2014. Autores de duras críticas à gestão do petista no governo federal, pelo menos três deles já anunciaram, reservadamente ou em público, que pretendem concorrer a cargos públicos no ano que vem. Os ex-senadores Heráclito Fortes (PSB-PI) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a vereadora de Maceió Heloísa Helena (PSol-AL) devem brigar por uma nova chance no Congresso. Os três têm como missão comum montar palanques em seus estados para os adversários da presidente Dilma Rousseff — o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a ex-senadora Marina Silva e o senador Aécio Neves. Depois de 19 anos no findado PFL e no DEM e com um histórico de muitas alfinetadas no PT, Fortes aceitou o convite de Campos e se filiou ao PSB no início do mês passado. Aposta como “puxador de votos” do partido para a Câmara dos Deputados, o ex-senador já chamou Lula de “ditador”, autor de “obras fajutas”, “vingativo”… Por ora, no entanto, os adjetivos estão sendo evitados pelo ex-senador. “Nem eu nem o governador temos a intenção de criticar o PT, não foi esse o motivo de minha filiação. O objetivo é a viabilidade de meu retorno a Brasília e meu bom relacionamento com Eduardo Campos”, disse Fortes, em entrevista depois de mudar de partido. Lula trabalhou contra a reeleição de Fortes em 2010. Depois de derrotá-lo, com as vitórias de Wellington Dias (PT) e Ciro Nogueira (PP), o ex-presidente expôs o ressentimento com as declarações do ex-senador. “Vocês lembram o atraso que significava o que, graças a Deus, vocês derrotaram agora, nas eleições para o Senado. Quero agradecer não apenas os votos que vocês deram a Dilma, mas agradecer os votos que vocês não deram a eles. Porque eles foram do mal com o povo pobre”, afirmou o ex-presidente, em comício com Dilma, em Teresina, no segundo turno de 2010, referindo-se a Fortes e ao ex-senador Mão Santa (PSC), outro crítico da gestão petista. Também na caderneta dos políticos escanteados por Lula, Heloísa Helena disputará novamente o Senado. Ela se elegeu vereadora de Maceió no ano passado, depois de ser derrotada na corrida a uma vaga de senadora em 2010. Recentemente, quase deixou o PSol, liderando a coleta de assinaturas para Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, em Alagoas. Depois de fracassar a tentativa de criar o partido, com a negativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Heloísa resolveu continuar na atual legenda. “Como o PSol é um partido muito benevolente, ela terá partido para concorrer em 2014″, ironiza um correligionário. A ex-senadora terá dificuldades. Além de problemas com a direção nacional do PSol e das dificuldades para formar alianças pelo temperamento explosivo, Heloísa está no meio de uma disputa que já começou. O senador Fernando Collor de Mello (PTB), cujo mandato acaba no ano que vem, e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) protagonizam briga ferrenha no estado, de olho na cadeira do Senado. Um aliado diz que a polarização pode ser boa para Heloísa. “O eleitor pode se cansar da briga e partir para uma terceira opção”, avalia. O rompimento com Lula ocorreu em 2003, quando acabou expulsa pelo PT por ter votado contra a reforma do sistema previdenciário. Em 2006, após fundar o PSol, ela se candidatou à Presidência da República. Fim da CPMF Já o ex-senador e ex-governador do Ceará Tasso Jereissati estuda sair candidato ao Senado. O nome dele é apontado em pesquisas como um dos favoritos também ao governo do estado. Mas tem dito a amigos que só aceitaria disputar a cadeira no Congresso. Depois de ser derrotado ao Senado, em 2010, Jereissati anunciou que não concorreria mais a cargos eletivos. A candidatura dele, no entanto, é importante para Aécio, que não tem outro nome forte no estado para montar palanque e vem tentando convencê-lo a se lançar. Nos arranjos locais, ele pode acabar na chapa de um aliado de Lula, o senador Eunício Oliveira (PMDB), que deve disputar o governo estadual. Caso o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), não apoie a candidatura de Eunício, ele deve se tornar o nome da oposição ao cargo e, assim, ganharia o apoio de Jereissati. O ex-senador era um dos críticos mais ácidos ao governo Lula, que atribui a ele e outros opositores a queda da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira).


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assistir à volta de antigos inimigos políticos ao cenário nacional em 2014. Autores de duras críticas à gestão do petista no governo federal, pelo menos três deles já anunciaram, reservadamente ou em público, que pretendem concorrer a cargos públicos no ano que vem. Os ex-senadores Heráclito Fortes (PSB-PI) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a vereadora de Maceió Heloísa Helena (PSol-AL) devem brigar por uma nova chance no Congresso. Os três têm como missão comum montar palanques em seus estados para os adversários da presidente Dilma Rousseff — o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a ex-senadora Marina Silva e o senador Aécio Neves.
Depois de 19 anos no findado PFL e no DEM e com um histórico de muitas alfinetadas no PT, Fortes aceitou o convite de Campos e se filiou ao PSB no início do mês passado. Aposta como “puxador de votos” do partido para a Câmara dos Deputados, o ex-senador já chamou Lula de “ditador”, autor de “obras fajutas”, “vingativo”… Por ora, no entanto, os adjetivos estão sendo evitados pelo ex-senador. “Nem eu nem o governador temos a intenção de criticar o PT, não foi esse o motivo de minha filiação. O objetivo é a viabilidade de meu retorno a Brasília e meu bom relacionamento com Eduardo Campos”, disse Fortes, em entrevista depois de mudar de partido.
Lula trabalhou contra a reeleição de Fortes em 2010. Depois de derrotá-lo, com as vitórias de Wellington Dias (PT) e Ciro Nogueira (PP), o ex-presidente expôs o ressentimento com as declarações do ex-senador. “Vocês lembram o atraso que significava o que, graças a Deus, vocês derrotaram agora, nas eleições para o Senado. Quero agradecer não apenas os votos que vocês deram a Dilma, mas agradecer os votos que vocês não deram a eles. Porque eles foram do mal com o povo pobre”, afirmou o ex-presidente, em comício com Dilma, em Teresina, no segundo turno de 2010, referindo-se a Fortes e ao ex-senador Mão Santa (PSC), outro crítico da gestão petista.
Também na caderneta dos políticos escanteados por Lula, Heloísa Helena disputará novamente o Senado. Ela se elegeu vereadora de Maceió no ano passado, depois de ser derrotada na corrida a uma vaga de senadora em 2010. Recentemente, quase deixou o PSol, liderando a coleta de assinaturas para Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, em Alagoas. Depois de fracassar a tentativa de criar o partido, com a negativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Heloísa resolveu continuar na atual legenda. “Como o PSol é um partido muito benevolente, ela terá partido para concorrer em 2014″, ironiza um correligionário.
A ex-senadora terá dificuldades. Além de problemas com a direção nacional do PSol e das dificuldades para formar alianças pelo temperamento explosivo, Heloísa está no meio de uma disputa que já começou. O senador Fernando Collor de Mello (PTB), cujo mandato acaba no ano que vem, e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) protagonizam briga ferrenha no estado, de olho na cadeira do Senado. Um aliado diz que a polarização pode ser boa para Heloísa. “O eleitor pode se cansar da briga e partir para uma terceira opção”, avalia. O rompimento com Lula ocorreu em 2003, quando acabou expulsa pelo PT por ter votado contra a reforma do sistema previdenciário. Em 2006, após fundar o PSol, ela se candidatou à Presidência da República.
Fim da CPMF
Já o ex-senador e ex-governador do Ceará Tasso Jereissati estuda sair candidato ao Senado. O nome dele é apontado em pesquisas como um dos favoritos também ao governo do estado. Mas tem dito a amigos que só aceitaria disputar a cadeira no Congresso. Depois de ser derrotado ao Senado, em 2010, Jereissati anunciou que não concorreria mais a cargos eletivos. A candidatura dele, no entanto, é importante para Aécio, que não tem outro nome forte no estado para montar palanque e vem tentando convencê-lo a se lançar.
Nos arranjos locais, ele pode acabar na chapa de um aliado de Lula, o senador Eunício Oliveira (PMDB), que deve disputar o governo estadual. Caso o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), não apoie a candidatura de Eunício, ele deve se tornar o nome da oposição ao cargo e, assim, ganharia o apoio de Jereissati. O ex-senador era um dos críticos mais ácidos ao governo Lula, que atribui a ele e outros opositores a queda da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira).

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